INFELIZ
Infeliz o santo seio que te amamentou,
Alimentou o monstro que se tornou,
Aquela que me desorientou
E quase me matou.
Infeliz estou eu agora,
Que te entreguei minha vida,
Para ver você ir embora
E ainda me culpar pela partida.
Daquele leite que te alimentou,
Cheio de amor de sua mãe,
Brotou você, que me roubou
A vida que sonhei para nós.
Infeliz, como pode ser assim,
Usar uma pessoa que te deu amor,
E depois partir, deixando tudo que viveu?
Não tem alma nesse corpo sem pudor!
Mas a vida é justa,
Vai encontrar quem te engane,
E acreditará nas mentiras,
Comerá do que plantou.
E, então, vai lembrar de meu amor,
Que lhe dei incondicional,
Sentirá um grande pavor
Ao saber que desejei seu mal.