À ESPREITA
Desci pela rua escura
E fiquei de tocaia
Passou a madrugada
E eu não vi nada.
O dia seguiu a rotina
Deste homem cansado
Eu fui ficando fadigado
Por não ver nada.
A noite chegou novamente
Foi passando vagarosamente
E aquilo não saiu da mente
Eu, um homem impaciente.
Desci pela rua estreita
Tão escura feito minha alma
Eu fiquei à espreita
Carente de qualquer calma
E o sol em uma nova alvorada
Iluminou o bairro inteiro
E eu não vi nada.
Eu, um homem cismado
Ficando quase louco.