DESAPEGO
E tudo entre nós aconteceu.
Foi tudo tão rápido que nem
Mesmo vi quando começou;
Nem quando e como terminou.
Foi tudo tão depressa que logo
chegamos ao inesperado fim.
E agora estou aqui, sozinho.
Relutando em míseros soluços
Buscando compreender e entender
onde foi o meu maior erro.
Fico resgatando nos sentimentos
Como poderia ter a cura para isso.
Que saudades tenho ao lembrar
do tempo em que a mim se acolhia.
Quanta falta sinto de nossos inesquecíveis
costumes, hábitos e manias.
Das gargalhadas, dos porres trocados e
tropeçados, de todas nossas infinitas
mensagens trocadas, das incontáveis
e longas chamadas durante a madrugada.
Olho ao tempo e não te vejo, e o local
mais próximo onde você está é em meu telefone.
Que vontade imensa de te ligar.
Mas meu coração sente receio de ouvir um não,
após a ultima ligação.
Reviro os sentimentos guardados
E tento te buscar em outra estrada ou estadia
mas é tudo frio e nada será o mesmo de que se valia.
Tenho urgentemente que me desapegar das nossa
manias e dos nossos antigos costumes.
E agora aqui nesta madrugada que se faz tão fria
o tempo ansioso da espera, das mensagens
e suas ligações que jamais virão.
Vivo somente a solidão que por agora sucinto.
Troquei o dia pela noite na incontida
espera do teu retorno, desse cruel vazio
da vida fiz um adorno.
E na infinita espera do teu voltar,
Tento me desapegar, dos hábitos e costumes,
que com as lembranças insistem em não findar.
Então tudo que me resta é levantar, sentir e viver
do teu afago e presença lembrar, seguir a vida,
esquecer de nossos hábitos e costumes,
preciso reviver, me reconstruir e também se superar;
Tenho que te esquecer, e muito lembrar,
pois está certo e claro que jamais irá mais voltar.