MINHA SINA

Nessa sina que carrego,

Dos amores não correspondidos,

Eu não sei se me entrego

E me contento com o perigo.

Eu não falo com exagero,

Isso mesmo é o que vivo,

Nunca fui um cara maneiro,

Sempre fui um curativo.

Já curei muitos desgostos,

De paixões interrompidas,

Não que tenha feito por gosto,

Mas foi isso que me sobrou na vida.

E para não culpar os outros,

Sei que a culpa é minha,

Como sempre fui afoito,

Ficava com as raspinhas.

Triste sina de meu coração,

Que vive despedaçado,

Eu já não aguento, não,

Um dia dou tudo por encerrado.

Celso Ciampi
Enviado por Celso Ciampi em 14/07/2022
Código do texto: T7559287
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