Vil desilusão
Se houver desilusão, que haja agora,
Haja vista que meus olhos querem ver.
O meu peito, já senil, por ti implora,
A lamúria de querer à ti, vigora,
Cismo na desilusão, em te querer.
Tu és pluma, paetê e serpentina,
E carregas um soberbo coração.
Triste sol, lua baldia e neblina,
És furor, suavidade vespertina,
Não redimes esta vil desilusão.
Discernindo meu viver nesta estrada,
Não terás em mim, jamais, prazer oculto.
Na dinâmica do rumo e da jornada,
Galgarei amor sublime, ou tudo, ou nada,
E esta vil desilusão, será um vulto.