PENSANDO . . .

E eu, sentado à beira do precipício,

Pergunto a quem vai passando:

- Aonde vais – Vento, tão veloz,

- Aonde vais – Chuva, tão forte,

- Aonde vais – Trovão, tão estrondoso,

- Aonde vais – Relâmpago, tão clareante?

Sem nenhuma resposta, sigo perguntando:

- Aonde vais – Primavera, sem flores,

- Aonde vais – Inverno, sem chuvas,

- Aonde vais – Verão, sem trégua,

- Aonde vais – Noite, sem luar?

Desaparecendo no infinito abismo,

Num grito, pergunto em agonia:

- Aonde vais – Borboleta colorida,

- Aonde vais – Pássaro sem cor,

- Aonde vais – Alma já perdida,

- Aonde vais – Morte, que não me leva?

Adormeço em calmo e simples recomeço...

Poeta Camilo Martins

Aqui, hoje, 17.10.2015

08h06min [Manhã]

Estilo: Livre