Ah! Nefasto!

Ouvindo ouvindo a mesma melodia

Batida grave que me consola

Oh! Bendita alma que chora

Na completude da companhia

Da música que lhe alude

Ao consolo à vida tão fria.

Vida está, que do peito abismal

Faz mente tão cheia

Ah! Quem disse que o diabo não lhe incendeia.

De anseios, ante a si mesmo, fazer-se mal.

E diz como se fosse amigo

'Ah! Pois será muito bom,

Que se nesse mundo não lhe resta abrigo

Faça cessar da vida, todo e qualquer dom'.

Ah! Nefasto! Não me basta colher amargas uvas,

Tenho de carregar com enfado

Teus conselhos de um degenerado

Que não me basta ver num carro desgovernado

Ainda quer ver-me bater numa curva!