Não Tem Perdão
Cama fria
Coração gelado
Agonia e la fora,
Um cão brada irado.
Amor, o grande e verdadeiro
Parece um privilégio seleto
De algum tipo de grupo secreto
Sobre os quais recaem as bênçãos do Oleiro.
E até hoje não sei porque graça
Tem a sorte em ver desgraçado
Um coração apaixonado
Sempre acabar entre as traças,
Com amores de ideias
Desconectadas do plano material
São mais como armadilha mortal
Jogando o amante as feras
Do desamor e desconsolo
Me parece, ó destino
Que armas com dolo
Essas paixões secas
E que põe todo artifício
Pra fazer que eu nunca esqueça
Só pra ter ofício
De escrever um e outro poema
Cantando as dores do dilema
Da contraposição, de amar e não ser amado
Ser excluído e rejeitado
Relegado à solidão
Ah! Cruel destino, pois saiba!
Não tem perdão!