INFINITOS.

uma noite qualquer e nada mais, foi o que disse

quando saímos da última vez, fazia intenso frio

naquela ocasião, o jantar, restante a beira do rio

naquela cidade, deixou-me, ainda que insistisse.

outras noites traiçoeiras vieram ao encontro desse

meu pálido coração. Todas as vezes que declinava

o dia no horizonte, a tua lembrança me torturava

impiedosamente, seria bom se eu te esquecesse.

dias longos que vão aos poucos se amontoando

tardes e manhãs lentamente se sobrepondo

tudo é dor, infinitos instantes de sofrimentos.

promessas foram feitas, falsos e ocos sentimentos

que vieram de teus lábios, dolorosos momentos

em que a teia da morte aos poucos vai me envolvendo.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 14/06/2022
Reeditado em 14/06/2022
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