INFINITOS.
uma noite qualquer e nada mais, foi o que disse
quando saímos da última vez, fazia intenso frio
naquela ocasião, o jantar, restante a beira do rio
naquela cidade, deixou-me, ainda que insistisse.
outras noites traiçoeiras vieram ao encontro desse
meu pálido coração. Todas as vezes que declinava
o dia no horizonte, a tua lembrança me torturava
impiedosamente, seria bom se eu te esquecesse.
dias longos que vão aos poucos se amontoando
tardes e manhãs lentamente se sobrepondo
tudo é dor, infinitos instantes de sofrimentos.
promessas foram feitas, falsos e ocos sentimentos
que vieram de teus lábios, dolorosos momentos
em que a teia da morte aos poucos vai me envolvendo.