Numa Xícara de Café

Decretado o meu espaço

de figura apagada. Da bravura,

cansaço; das fissuras, pedaços.

Só os cacos e mais nada!

No calar da madrugada, toda a

perda desenhada numa xícara

de café. Da caricatura borrada,

desdenhada a minha fé.

Sem açúcar, tal como é: amargo.

No frio, provado; sinto no peito

seu queimor. E do torpor, um arrepio.

Refeito! Agora espero o feito do amor.

Com a lucidez desafiada, concebo inútil

a tal jornada. A verdade é indelicada e

esmaga os contos de fada.

O sonho foi saudade! Talvez me baste.

Preservada a paz e a humanidade, a

inocência terá, enfim, a sua liberdade?

Paciência! Espero e cuido da essência.

Vazio é nutrir vivências com inverdades.

Jailson Ribeiro
Enviado por Jailson Ribeiro em 11/06/2022
Código do texto: T7535349
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