Janela

Concebido tido espelho, toda bruma um sopro leve dissipou num instante breve.

Viera a aurora, o sol sorrira e o ar tornou-se puro!

De toda ira ao ar da graça, no tal regresso, chamariz ao cativeiro; é só verniz.

A renúncia tem seu tino. Não há destino; é sem futuro.

Um balão de vão repleto de ufania, cedido ao vento. Do chão ao firmamento, grilhão de confusos elos. Belo castelo, porão escuro.

São recortes para um quadro pendurado no salão de desprezadas aquarelas. Despercebido ser janela a fenda posta em rijo muro.

Latente é a dor de um ego inflado. Do deleite ao infringir culpa, aos enfeites nas desculpas, infantes medos confessados. São repousos em ninho seguro.

O que sente o ser humano, com o saber da própria vida, brota além banais medidas. Há numa lágrima um oceano, e em cada grito um sussurro.

Jailson Ribeiro
Enviado por Jailson Ribeiro em 05/06/2022
Reeditado em 13/10/2024
Código do texto: T7531300
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