Maria Tifóide

Vendo minha crença

Para adquirir

Sua doença

Inversa convalescença

Esqueço meu berço

De nascença

Livro-me da bênça

E nego

Minha valência

Minha barata autoestima

Limite que te limita

Despedaço guarita

Seu horror, minha fragilidade

Energiza

Paguei com minha vida

Minha segurança, de medo ela

Grita

Como protetor solar

Você se escondeu em papo

A humildade, abandonar

Enquanto se vangloria

De seu tato

Você me seduz com seu

Ajudar

Deitar-me com sua canção

De ninar

E coroa-me

Com seu apunhalar

Blindou-se do medo

Contida em novelo

Seu comedo, chama de beleza

Magreza de espírito

Obesa de infortúnio

Durante seu fanho falar

Vi seu sonho escapar

E seu temor, ele foi

Recitar

Vulnerabilidade

Desfez sua mocidade

E desembrulhou sua maldade

Incorporei seu pesadelo

Seu amor, deixei de tê-lo

Desintoxicar da dependência

Remédio para sua eloquência

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 04/06/2022
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