Dor na cidade
A dor que há ali
logo abaixo da última costela
Bem alí em cima do nariz
Encostadinha na perna
Aquela que estende-se
A que paralisa
Uma que esquenta-se
Supostamente realiza
Justamente a que eu não sinto
Não de verdade
Mas aquela que não sai do peito
A que eu ganhei na cidade
Eu ouvi mocidade?
Não, amor, pegou pela metade
Ah, na sinceridade
Foi chamada de ansiedade
Não corra, não esconda
Mas também não demonstra
Segure a tua porra quietinho
Bem alí no silêncio do teu ninho
Onde podes gritar sem som algum
Aonde socorro virá nenhum
Lágrimas são milagres
Agradece a eternidade.
01/08/21