Dor na cidade

A dor que há ali

logo abaixo da última costela

Bem alí em cima do nariz

Encostadinha na perna

Aquela que estende-se

A que paralisa

Uma que esquenta-se

Supostamente realiza

Justamente a que eu não sinto

Não de verdade

Mas aquela que não sai do peito

A que eu ganhei na cidade

Eu ouvi mocidade?

Não, amor, pegou pela metade

Ah, na sinceridade

Foi chamada de ansiedade

Não corra, não esconda

Mas também não demonstra

Segure a tua porra quietinho

Bem alí no silêncio do teu ninho

Onde podes gritar sem som algum

Aonde socorro virá nenhum

Lágrimas são milagres

Agradece a eternidade.

01/08/21

Kai Czornei
Enviado por Kai Czornei em 24/05/2022
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