Não confie em minhas palavras
Eu estou tendo vários sonhos românticos
Sobre a vida
Acerca do passado
E um futuro incerto
Cheio de pedras secas e espinhos novos
Desafios da vida
Que queimam e deixam uma marca na alma
Caminho pelas ruas, cidades e estados
Procurando o sentido da vida
Não há um lugar em que eu não posso ir
Pois minha mente é suja demais para ficar
Não feche os olhos, pois não sei se estarei ao abrir
Não confie em minhas palavras
Pois eu sempre entro em conflitos emocionais
Meu coração é perceptível, mas a mente é confusa
Lá vou eu, de novo
Nessa longa e tortuosa estrada
Eu sou um sonhador
Que escreve o que o coração vive
Que vomita o que a mente quer
Às vezes tenho sonhos
Muitas vezes, pesadelos
Com a vida real
Queria eu estar nesses pesadelos com olhos fechados agora mesmo
Em um dos meus sonhos assombrosos
Vi meu maior inimigo
Havia espelhos, havia olhos vermelhos
Ali estava eu me encarando
Estava frio, mas eu suava
Não confie em minhas palavras
Pois sempre carrego a incerteza
Posso fisicamente estar presente, mas aquele não sou eu
E lá vou eu, novamente
Nessa vida com estradas esburacadas
Estou tendo pesadelos com olhos abertos
A vida real
No estado presente
Ainda um futuro cheio de incertezas
As pedras não acabam e espinhos sempre nascem
É a vida me desafiando
Quando eu morrer, minha alma vai continuar marcada
Eu sei o que preciso fazer para parar
Tenho tudo nas mãos
Tudo na mente
Tudo no coração
Penso, escrevo e bebo, nem sempre na mesma ordem
Não confie em minhas palavras
Pois uma sombra me acompanha
Não consigo escrever o que me aflige, sempre correndo
Lá está eu, de novo e de novo
A vida me exige correr nas estradas
Não confie em minhas palavras
Pois eu acompanho as nuvens
Vejo as estrelas, sempre caindo
Não me dê motivo, nem escolha
Sempre cometo o mesmo erro em uma tortuosa estrada