Quietude...

Não mexa na minha quietude,

se você não aguenta meu caos,

o transbordar de minhas palavras

acumuladas e repetidas...

... meus sentimentos intensos,

profundos, ferventes que foram

derramados com meu chute no balde...

Se tu não tiver armadura e culhões para se

defender, avançar contra a enxurrada de raiva, dor, mágoas que tu causa em mim e depois me acusa de

ser a vilã da nossa história...

... então me deixes recolhida no meu íntimo,

onde eu me sinto muito bem,

e sobrevivo sem precisar do seu ar para sobreviver...

.. nem do seu amor para matar a fome e sede de prazer

que alimentava minha carne e alma.

Não queiras me alimentar com migalhas,

que não sou de comer pouco...

... quero muito!

... quero tudo!

... quero quente!

Não aceito o morno,

o frio me faz perder apetite por você!

Me viro e vivo sem você no meu caminho.

Sobra bastante espaço na minha cama,

onde eu me esparramo e sinto-me dona...

... dona de mim!

... dona única da minha emoção.

... senhora do meu coração!

Simone Henri
Enviado por Simone Henri em 22/05/2022
Reeditado em 22/05/2022
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