PENUMBRAS EXISTENCIAIS

Andando por caminhos insólitos sem porvir,

Perco-me em mim mesmo,

Vejo-me nas estradas do destino a ermo,

Perdido nos pântanos do meu existir.

Condenado pelos meus algozes,

Sigo colecionando, em meu corpo e alma, feridas.

Sem forças nos passos esperando o fim da vida,

Sob olhares, dos meus torturadores atrozes.

Abutres de um mundo cruel,

Carniceiros de propósitos existenciais,

Assassinos de estrelas celestiais.

Seres de natureza amarga como o fel,

Serão condenados quando o meu jardim florescer,

Na abstração de minhas cinzas, contemplá-los-ei perecerem.

Vicente Mércio
Enviado por Vicente Mércio em 15/05/2022
Reeditado em 15/05/2022
Código do texto: T7516808
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