PENUMBRAS EXISTENCIAIS
Andando por caminhos insólitos sem porvir,
Perco-me em mim mesmo,
Vejo-me nas estradas do destino a ermo,
Perdido nos pântanos do meu existir.
Condenado pelos meus algozes,
Sigo colecionando, em meu corpo e alma, feridas.
Sem forças nos passos esperando o fim da vida,
Sob olhares, dos meus torturadores atrozes.
Abutres de um mundo cruel,
Carniceiros de propósitos existenciais,
Assassinos de estrelas celestiais.
Seres de natureza amarga como o fel,
Serão condenados quando o meu jardim florescer,
Na abstração de minhas cinzas, contemplá-los-ei perecerem.