About Modern Love
Desassociado desses servos
Servindo vaidade inexistente
Para dentro dos meus ossos
Me adoecendo pouco a pouco
Incapaz de desatar desses deletérios
Beijos vazios que conquistei sem disputa
Mesmo que um inimigo invisível
Fosse prometido por conselheiros severos
Os herdeiros arrependidos desossam
A esperança atribulada em mim
Atarefado com a culpa, dizem
Concordo, essa e mais sete pressões
Trocamos feições e carícias
Afetadas pelo tempo do apego
Arrependido de inventar cupidos
Que me esfaqueariam a beira do rio
A irrealidade da beleza que me carrega
Me transmuta em algo extraordinário
A própria virtude insípida, rosto comum
Escondido, ainda que reluza à toda a gente
Se o veneno que bebo do punhal da tua oratória
Determinam incansavelmente a linha fina
Que devo equilibrar-me, mas eu minto em todas as promessas
Ao amor até a pólvora. Eu manipulo as hélices do moinho ao meu favor
Teus dedos engordurados tateiam testemunhos imprudentes
E eu manifestando uma revolução para ninguém ouvir
Dentes contra correntes de prata, envelhecendo tuas joias
Salivando rancores e emudecendo minha boca em sangue
Me enterra na tua cicatriz, após desenterrar-me do teu jeans
A sensação líquida que me espia, apodrecendo meus feitos
Meu bem, minha pele repleta de defeitos e pesadelos
Tem uma cova aberta com teu nome escabroso...