POEIRA DA VIDA
Iludido, meu coração se despedaçou,
Incauto, foi feito de otário.
Imaturo, seguiu o seu instinto.
Não teve a menor chance.
Sofreu e me levou a sofrer,
Pois é minha cara que apanha,
Meus olhos que choram,
Minha vida que se bagunça.
Comi a poeira da vida,
Aquela que o cão levantou.
Por inconsequência do meu coração,
Tudo em minha volta desmoronou.
Mas ele não se aquieta,
Já está se iludindo de novo,
E eu o seguindo outra vez.
Eu sou culpado!
Iludido, eu vou em frente,
Incauto, não meço consequências,
Imaturo, me jogo sem proteção.
Depois, reclamo do meu coração.