POEIRA DA VIDA

Iludido, meu coração se despedaçou,

Incauto, foi feito de otário.

Imaturo, seguiu o seu instinto.

Não teve a menor chance.

Sofreu e me levou a sofrer,

Pois é minha cara que apanha,

Meus olhos que choram,

Minha vida que se bagunça.

Comi a poeira da vida,

Aquela que o cão levantou.

Por inconsequência do meu coração,

Tudo em minha volta desmoronou.

Mas ele não se aquieta,

Já está se iludindo de novo,

E eu o seguindo outra vez.

Eu sou culpado!

Iludido, eu vou em frente,

Incauto, não meço consequências,

Imaturo, me jogo sem proteção.

Depois, reclamo do meu coração.

Celso Ciampi
Enviado por Celso Ciampi em 31/03/2022
Código do texto: T7484842
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