Anjo-do-mar
Descubro hoje um medo de anjos
Pois não estou disposto a voar sob suas asas
Porém sou gentil demais para dizer "não"
E também queria ser feito ti para julgar o bem dos homens
Eu acolhi todas aquelas formas de seu corpo
E deixei aberto o meu coração
Porém vejo que tenho um desprazer
De oferecer-te algo que já está partido
Então feito criança, eu choro
Não quero mais ver toda essa gente
Queria apenas um momento só
Para ser livre de toda essa loucura
Então voltamos de novo
A aquela sala que sempre me sinto julgado
Ele me olha perguntando sobre a vida
E nomeia esse problema como ansiedade
É verdade...
Eu maltratei meu coração
Tive nem sequer piedade
Para ter a esperança de ter seu perdão
Pobre poeta, sem sua musa
Condenou-se a virtude de viver só
Eu me culpo por continuar falhando
Talvez, hoje não seria doloroso...