Ao Espaço Afetivo da Geografia do Meu Corpo
Demônios vagam no final da madrugada
A espreita, temendo-se e embaralhando-se
Colapsando o dilúvio em beijos descartáveis
Com pressa, antes que deus surja na janela
A sua tentação é um comício
Decorados com ouvintes desgarrados
Vestindo suas acompanhantes como xale
Enfeitiçados em tua oratória e sílaba tônica
O flerte com o desleixo, a fala é lenta
Entretanto, os olhos giram como dados viciados
Apostando pulsos contra vampiros desdentados
Uma roleta promíscua temendo a juventude
Uma morte que calada ganha terrenos
Dissecada pela farmácia, incompreendida por voluntários
Uma dia há uma promessa de leveza, um dia qualquer
Quando implodirá além do que se estende
A fins da verdade, tens amor por separações
Fatalmente, incitara algumas, feito rei entediado
Beijara os anéis e escaravelhos por entre os retalhos de Mégara
Uma quebra de decoro de elefantes brancos em um banquete-safari
A droga que inunda condições
A farmácia que entretém corações
O sonho que sonha por caminhões
Deselegância elegante, mata de olhos entreabertos
Institua o acerto de contas:
Eu escrevo pela mão de um pai alcoólatra
Despejando culpa em mictórios indiferentes
O inescrupuloso, ama por seis vezes parceladas
Suspenso no ar, a indagação de seus nome
Não o revelaria, mas antecedo o teu corpo
Poderia então interceder instantes imortais
Aprenda, o amor é um sol de corante e eu semeio a discórdia...