Ai, Meu Mestre!
Ai, meu mestre, estou farto...
Estou fraco...
À medida que passa me sinto fútil, inútil...
Meu fado é ter de suportar e me castigar pelo meu crime...
A la Dostoiévski, preciso me penalizar e sofrer...
Sou doente, sou inválido, não tenho atrativos a meu respeito (como alguém já disse...)
E assim, então, sigo a caminhar pela eternidade de minha dor...
Ai, meu mestre, a amargura da vida me corrói, me destrói...
Me chafurdo aos pequenos detalhes dessa vida...
Me chafurdo a pensar e, finalmente, vejo que nada vale e que estamos condenados a essa vida que ao fim nos liberta à paz...
Os caminhos que percorro percorrem em minha mente, sou incoerente e demente...
Sou aquilo que sou e só sou o que posso ser, sou louco, alguém iria dizer...