ESPELHOS
Meu rosto tingido de vermelho
Minha alma presa no espelho
Querendo sair
Meus sonhos abandonados
Num cabide dependurados
Tentando existir
Meus planos fracassados
Meu desejo esfomeado
Do corpo a se esvair
A despedaçada rosa amarela
Não mais presa na lapela
No chão a se extinguir
A grande luz da minha vida
Glorificada depois partida
Sem força para luzir
Tudo são restos do amor
Formando uma colina de dor
No espelho a refletir