NOVELA
Entre tragos e afagos, estilhaços, vidros quebrados. Dessa vez não. Não eram taças nem vinho, era puro sangue jorrando desespero sobre a mesa. Ao menos expus minhas entranhas, podres ou banhadas a glitter. Fodam se seus princípios. Se estão ou não em uma refeição. Era putrefação pura, explícita e exposta enquanto todos viam arte e batiam palmas. Enquanto todos riam e pediam calma. Tudo hoje em dia é marketing, ela dizia, enquanto todos embriagados sorriam. O picadeiro e platéia, emergidos no mesmo turpor. Salvas eternas a essa novela mexicana. Não chega Diogo e Frida aos pés. Que sejamos realistas, já que somos cruéis: bonito é pagar de juízes, quando não passamos de réus.