Segunda Carta
Só tua graça me basta?
Estou com o inferno na minha cabeça, condeno, julgo, queimo, sinto as dores que descem para o meu coração ou o pouco dele que existe;
Meu corpo dói, não tenho alma, apenas a carapaça cansada, o espinho na carne oca não sangra;
Sou um condenado que vaga, um maldito que sofre, jamais permiti vender minha alma e ainda assim passo pelo tormento, sofro sem nada em troca;
É um fardo, estou pregado a cruz de cabeça para baixo;