Primeira carta
Dos meus dias de angustia, nada está sendo igual a hoje. Sinto algo me tomando ou seria resistindo, estou lutando e parece que quer dar um fim em mim antes que eu vença, não é suportável é uma tortura e está doendo muito. Meu corpo está quente, sinto meu peito batendo tão forte que jorraria longe todo meu sangue com um simples corte. É um tormento, pior de todos os meus pesadelos, as mãos vêm aos olhos com vontade de arrancá-los. Como pode querer desejar cravar as unhas no próprio corpo e tirar toda pele, é querer escavar toda cerne procurando um pouco de alma. Parece o gosto de um vinho seco, amargo e ruim. Mas preciso disso, preciso ser tomado para que fuja. Esse instinto é fraco ele não pode me prender, deixarei envolver deste rio para que possa chegar à superfície, ainda que custe esta noite não dormir. Mas não posso me afogar mais, isso não entrará em meus peitos