Equinox

Construído aos pares de agoniantes violências

Algozes, eu tenho sinônimos e rosas para vocês

Confesso um tropeço, entre cruzes e teatros

Em meu estômago de abóbora: Encruzilhadas

Tropeça indecisões, expectora vaidades de papel

A minha idade uma tentação minúscula

Os laços de dedos em minha goela

Clamando silêncio, calmando emagrecimento

Comi da casa de teus espelhos

Deformados a crença de enxertos

Cinturas-volúpias e costelas-convexo

O convento da pluralidade, limita-se a imitação

Tão sozinho em tua arrogância

Proclamando-se pátria e purgatório

Entoando-se o destino de toda a entrega

O quão só é performar santidade para ninguém?

Para sempre a noite que te atinge

Derrama no peito o desespero

Entre a costuras de tuas costelas

Dança anarquicamente contra teus suspiros

Palpitações palpites, veneno de mecenas

Tendências mercados de crença pirâmide

Análises supérfluas em tempestades

Eis a vontade, duelando por um ideal

Quiçá, eu aposte a minha nudez

Nas manchas que me promete

Mas teus dentes hábeis são superficiais

Tal qual a reza decorada do nosso sexo

Uiva a criatura, mostrando os dentes

Mas toda a precaução, era pura fama

Daquelas que o amanhece amargas e infames

E tornam-se um novo descompasso para esquecer

Pierrot Ruivo
Enviado por Pierrot Ruivo em 25/02/2022
Código do texto: T7460335
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