Em suspensão

Palavras suspensas,

Pairando pelo ar, ações.

Volitando por dimensões,

Não chegam aos olhos –

De quem deveria, espelhos,

Dissonância intensas.

As pessoas em inconstância,

Na maneira de ser, volúveis.

As atitudes rudes, dissolúveis,

Algodão doce na água,

Esperando a míngua –

Entorpecida - Pura ânsia.

Arrefeço os sentimentos,

Nas horas parada permaneço.

Perene o sonho do poeta,

Não de reconhecimento.

Dom - Singelo recomeço,

A janela sempre aberta.

Quem sabe os versos lidos,

Em cada esquina –

Em alto e bom som,

Com bravura repetidos.

Esta e a vida – Ensina,

O versejar, infinito tom.

É apenas uma incógnita,

Primazia dilacerada.

A alma no canto enjaulada,

Na inquietude da escrita.

A sensibilidade atrevida,

Resvalar dos dedos, a caneta.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 25/02/2022
Reeditado em 28/02/2022
Código do texto: T7460050
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