DE PAISAGENS DA JANELA
Ninguém irá lembrar
Depois que o chão secar
E a terra abraçar os seus filhos
A patria nos arrastará para o cotidiano,
Por ter medo do desconhecido
Uns gastam tudo o que tem
Outros guardam alguma medida
Uns escondem aquilo que são
E outros sabam na avenida
E entre tantos há os que se arrastam, na confusão dos seus dias,
Depois que o chão secar, depois que o pranto Cesar e a terra esconder-te do dia
Uns chorarão de saudades, uns chorarão de remorso, e outros se livraram de uma dívida. O tempo todo sendo arrastado pelas enchurradas do codidiano
Água,luz, pão, dignidade, dignidade, dignidade,! a nossa pátria mãe é uma amante covarde, que nos promete tanto e não dos dá metade do que precisamos,
Ninguém irá lembrar depois que o chão secar e a chuva cessar, a terra te cobrir como um manto, e no entanto a multidão segue o seu cotidiano!