DE PAISAGENS DA JANELA

Ninguém irá lembrar

Depois que o chão secar

E a terra abraçar os seus filhos

A patria nos arrastará para o cotidiano,

Por ter medo do desconhecido

Uns gastam tudo o que tem

Outros guardam alguma medida

Uns escondem aquilo que são

E outros sabam na avenida

E entre tantos há os que se arrastam, na confusão dos seus dias,

Depois que o chão secar, depois que o pranto Cesar e a terra esconder-te do dia

Uns chorarão de saudades, uns chorarão de remorso, e outros se livraram de uma dívida. O tempo todo sendo arrastado pelas enchurradas do codidiano

Água,luz, pão, dignidade, dignidade, dignidade,! a nossa pátria mãe é uma amante covarde, que nos promete tanto e não dos dá metade do que precisamos,

Ninguém irá lembrar depois que o chão secar e a chuva cessar, a terra te cobrir como um manto, e no entanto a multidão segue o seu cotidiano!

isaac santiago
Enviado por isaac santiago em 17/02/2022
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