Erva daninha/ Inspirado em Chico Buarque
Meu passado implora
olhar pra você outra vez
Que me aguarda a manhã inteirinha,
E por isso que eu digo que é minha
essa tola altivez!
Ter você aguardando o que eu tinha
Vem atrás da saudade que não esquece
Que saudade? Foi erva daninha!
E me apareceu num moinho
Vendo a mim tão sozinho!
Mas esqueceu
de tirar as cartas já jogadas,
Embaralhadas,
Tragadas na estrada
Como a erva
que era só minha!
Não teve volta por ser assim...
Numa sexta que olhava o fim,
Como quem embriaga à pele e ouvidos,
E despede num grito,
que zumbe meus ouvidos até hoje!
Não sei como pude pegar seu brinco,
Comigo no bolso,
No meio de um amor que
fechado a brinco de pérola,
Fechou com páginas amarelas,
Meu destino que hoje fecho, como brinco jogado pela janela!