O despertar do desejo

Priápico me fez

Diante de todo prazer

Desse mundo que me ofereceu

E me convenceu

De que eu, não era eu

Era apenas uma de suas invenções

Perante ao museu

Lá se vai ela pelas esquinas

Buscando a vida na mordida

No vento da contrapartida

Às vezes na angústia da ida

Ou na volta destemida

Desse mundo perverso

Onde tudo era comércio

Até a mulher do Celso

Do augusto e do Glicério

Estavam envolvidas na pequena ida

Da busca de uma cafetina

Pura carne de ternura

Prestes a ruptura

Por qualquer um que procura

A cada esquina, a cada rua

Sempre encontra uma prostituta

Perdida ao meio da vida oculta.