Meu cântaro perdido.
Leves
Como pétalas ao vento
No mais preciso momento
Em que o vento leve
A um suave soprar
Se atreve
E quando a gente o percebe
Parece que está recebendo
Mensagem de pensamento
Advinda de uma brisa
Exatamente
Quando aquilo que mais precisa
É que o vento só leve
De volta, de leve e depressa
Alguma resposta
Qual fosse uma prece
E contasse pra Deus
Sobre sonhos e lembranças
A parecerem esquecidos
Mas que ainda estão guardados
No meu cântaro perdido
E são meus
Diferindo-se, enfim
Queria eu que fossem
Como prantos de pássaros
Que pelo vento enveredaram
Adentrando às janelas
Elas, que a tantos sorviam
Mas, que mesmo assim
Permaneciam como sendo
Cantares de passarinhos
Pois era assim que eu os conhecia
Enquanto o pássaro feliz
Lado a lado cruza o Céu.
Pela bondade de Deus, esquecem
Sem razão pra viver, eles voam
Nem se lembram da dor que doía
Pra que a dor não lhes doa outro dia.
Edson Ricardo Paiva.