lágrima que teima
em equilibrar-se nos olhos
faz acrobacias
voltando para sua origem
e quando a garganta
engole seco
e o coração
se confrange em um espasmo
ela volta
inundando a íris
e segura-se forte
impagável e absoluta
aos olhos invisíveis
do mundo
lágrima que teima
em não ser mostrada
emoção que reluta
a ser exposta
palavras quase escritas
mas apagadas
e a lágrima
que teima tremulante
insegura
dolorida
fica esperando
que essa dor passe
mas num descuido
inocente
tropeça em meu soluço
e rola
.
.
.
.
na minha face