QUERO ME MUDAR
Obsoletamente constrangedor,
literalmente cai a máscara
do desamor,
que asco ver,
nem a experiência da dor,
comprovada pela ciência
adiantou,
a que ponto
chegou?
Ando tonto
no meio
de tanta indiferença,
me protejo,
melhor me cobrir o rosto,
para não ser visto,
sou estranho,
se não me cuidar,
tamanho o risco,
quiçá apanho,
"melhor dar no pé",
ter fé
e me trancar até "tudo passar",
só não passará nunca a vivência
de ter sentido
no peito os efeitos
da apatia, antipatia,
diante da falta de tudo,
de vidas, leitos, respeitos...
me ficou...
a falta de ar...
melhor parar e calar
e mudo, mudo...
espero mesmo
me mudar desse mundo.