O DINHEIRO
Esse vil bem de que dependemos,
É com ele que nós ainda vivemos,
É vício que a sociedade nos criou,
E que jamais na vida nos deixou.
Por ele há disputas, muitas guerras,
Morrem pessoas, sem valiosa glória,
Confrontos, egoísmos e mui eternas
Dissidências de tão triste memória.
O dinheiro nunca acabará, vai durar
Enquanto o homem for tão exigente,
Por o querer toda a sua vida guardar,
Para satisfazer o seu desejo ardente.
O dinheiro compra tudo sem a honra,
Que devia merecer o que conquista,
Não olha a meios nem à sua desonra,
Por ser infelizmente bastante egoísta.
Odeio o dinheiro, fui tão prejudicado,
Que cortei relações com ele, escasso
Se tornou, criou-me um vil embaraço,
Vivo com o mínimo por mim desejado.
Ruy Serrano - 02.01.2022