DESILUSÃO

Um dia eu me apaixonei perdidamente

E minha inexperiência no amor

Levou-me a crer que era correspondido...

A troca de olhares

Pequenos toques de pele

Minha ingenuidade

E a carência afetiva

Fizeram-me acreditar

Que tinha encontrado o amor...

Mas a pessoa em questão

Até deixou-me beijá-la

E novamente entrou em minhas ponderações

A ingenuidade de acreditar que era sério...

Eu construí fantasias

Criei expectativas

E sonhei...

Ah como eu sonhei...

Acho que era somente gostoso para ela

O fato de estar sendo assediada

E eu que não tinha mais a idade de um adolescente

Mas que tinha uma cabeça de menino delirei...

Sonhei que havia descoberto o amor da minha vida

Mas tudo não passava de “somos apenas bons amigos”

E ela, não sei se por preconceito ou por ter levado na brincadeira

Deixou-me vivendo a angústia de ser rejeitado...

Por que eu não posso ser amado

Do jeito que sou? com os problemas que tenho?

Sei que sou um sapo, não um príncipe...

Parece uma doença esta estória de amor em minha vida

Quando quero amar... a pessoa não pode...

A vida é muito curta

E eu não tenho mais tempo para esperas

Para encontros casuais

Ou para brincar de casinha...

Quando será que terei uma chance

De amar e ser amado

De poder entregar-me sem restrições

E receber um amor incondicional?

dez/1997

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 18/11/2007
Código do texto: T741599
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