87°
Ela escolheu as festas e os bares
Preferiu Belchior tocando num espaço cheio
Porem vazio de sentimentos
Ela escolheu o atalho e esqueceu o caminho
E seu copo cheio mostrava a ausência de carinho
O despir das vestes mostravam carência
O sexo sem prazer tirava dela a inocência
E todas as noites pareciam iguais
De bar em bar, de festa em festa
Ela escolheu uma vida livre
Mas estava presa em mentiras diversas
No fim das contas, ninguém estava lá
Ela queria ser ouvida
Mas deixava sua “vida” no bar
O cigarro de maconha para se enquadrar
Para dizer que era descolada
Que sabia e queria fumar
Mas no fim do dia, ela estava sozinha
Nenhum sexo poderia extinguir
A dor que ela sentia ao ter que partir
Mas não havia escolhas
O que ela queria não estava aqui.
Otreblig Solrac - O poeta burro