DESILUSÃO
DESILUSÃO
Viajei! À noite, de véspera, na cama,
contei os minutos preguiçosos,
insolentes, que teimavam insistentes,
em não deixar o tempo passar.
Cheguei, depois de rápida jornada,
ávido, ao meu destino, o corpo rijo,
as mãos trêmulas, o peito arfante,
na sede inebriante de poder revê-la.
Adentrei então alegre e contente,
à porta da tão sonhada esperança,
certo de, agora, enfim abraça-la,
beija-la ou... simplesmente vê-la.
E na certeza da impossibilidade de tê-la,
Me contentaria em amargar essa ânsia,
se, pudesse senti-la de alguma forma, a meu lado,
ou pelo menos, sentir-me por ti esperado.