DESILUSÃO

DESILUSÃO

Viajei! À noite, de véspera, na cama,

contei os minutos preguiçosos,

insolentes, que teimavam insistentes,

em não deixar o tempo passar.

Cheguei, depois de rápida jornada,

ávido, ao meu destino, o corpo rijo,

as mãos trêmulas, o peito arfante,

na sede inebriante de poder revê-la.

Adentrei então alegre e contente,

à porta da tão sonhada esperança,

certo de, agora, enfim abraça-la,

beija-la ou... simplesmente vê-la.

E na certeza da impossibilidade de tê-la,

Me contentaria em amargar essa ânsia,

se, pudesse senti-la de alguma forma, a meu lado,

ou pelo menos, sentir-me por ti esperado.

Urias Sérgio
Enviado por Urias Sérgio em 15/11/2007
Código do texto: T738843