SAGA
SAGA DE UM MORTAL
Vim de lugar nenhum. Do pó surgi
Ao chão hei de retornar! Voltar é
Minha saga! Vaga lembrança de um
Tempo num momento do piscar
D’olhos de um abrolho em alto mar!
Nem sei se vim para amar ou odiar!
Entre as dimensões de sonhar vivo
O presente, sem o passado e desconectado
Do futuro a esperança é inimiga!
Na intriga com o mal e o bem,
Meu lugar aceito é o gueto de zumbis
Servis escravos na cruz com os cravos
Crucificado no monte das tristezas...
Na vida sem proezas e cheia de incertezas!
Saga de um mortal em conchavos
Em sã inconsciência meu destino agravo!
Nem sei se sou lenda ou aventura...
Morrer ou viver, o que mais importa?
Porta para entrar ou para sair?
Devir de um sonho ou na real conseguir?
Seguir em frente ou dar ré?
Quanta falta me faz a fé!
A confiança se ausenta; A esperança
Não me sustenta e a morte me tenta!
Minha saga tornou-se ficção...
Vim de lugar nenhum... Sou uma lenda!
Uma oferenda aos deuses do nada...
Nadei, nadei e morri de braçada!
Minha sorte foi lançada...
A saga de um mortal é golpe fatal!
Se ficar, o bicho come...
Se correr, o bicho pega...
Entrega alucinante de um destino
Repentino golpe de uma esfrega!
Jose Alfredo