SEM TERRAS E O SEU MASSACRE

Foi no dia 17 de abril de1996

Uma quarta-feira às 16 horas da tarde

Que aconteceu um massacre de horror

Onde houve inúmeras vítimas, desse imenso desamor.

Eu tive a infelicidade desse episódio presenciar.

Coisa que meu coração tenta imaginar,

Que foi somente pesadelo, mas não enganando meu coração,

A verdade vou contar.

Ao ouvir o primeiro tiro, pensei de foguete se tratar,

Mas logo se intensificou e então entendi que iria presenciar,

Uma tragédia muito triste que nunca pode imaginar.

Sai correndo desesperada, eram tiros pra todo lado!

Não sabia o que fazer, a única coisa era correr.

Enquanto inúmeros sem terras corriam também,

Tentando salvar a vida, pois era o seu único bem.

Logo a frente avistei: a minha mãe, meu pai e alguns amigos

Que não entendiam bem porque tanta violência e tanta intriga.

Se há no Brasil terra para todo agricultor, mas que estão nas mãos dos latifundiários,

Que usam de todo horror para intimidar os pobres sonhadores

Pessoas feridas nas pernas, face, por todo lado!

Sangue saindo sem nada reclamar, olhares temerosos da morte

Encontrar em vez do verde das florestas que sonham conquistar.

Aí está esse triste estado, muitos nos hospitais e outros enterrados

Mas o maior massacre está nos corações registrados

Gente que sonham com uma casinha pra morar e um lugar verdejante para também plantar.

Mas na luta pra esse sonho realizar, perdem a própria vida!

Meu Deus! O que restará?

ESCRITORA EDLEUZA RIBEIRO DOS SANTOS
Enviado por ESCRITORA EDLEUZA RIBEIRO DOS SANTOS em 15/10/2021
Reeditado em 21/10/2021
Código do texto: T7363971
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