O som que o vento faz quando as aldravias voam.
Sinto o fim.
Sinto o muito.
Sinto o frio das suas letras.
Tanto quanto?
Aonde quando?
Suas vogais são excêntricas.
Me perco em areais e casulos de areia.
Não há mais motivo pra escrever.
Tendencialmente me senti especial por alguns momentos.
Mas foi passageiro o suficiente para causar lesões;
em segundos.
Roguei tanto álcool em latas vazias.
Acordei em horários de meio-dia.
Nunca supri minha mente
com o que, realmente, precisava.
Na cabeça gira, na cabeça roda.
Só consigo lembrar das suas pernas enroladas em minha volta,
e um sol queimando tudo que toca;
esquentando a lataria.
Machucava.
Sua ida tremia minhas mãos.
Sua volta fazia com que tudo retornasse ao normal;
como sempre deveria ser.
Um dia,
quando você aceitar meu pedido.
Quando perceber;
será tarde,
será sono,
será transtorno e revolta
dentro do meu coração tolo
e decadente;
por gostar tanto assim
da sua presença
que não me é presente.
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Poesia artística de Hudson Henrique; - 'O som que o vento faz quando as aldravias voam'. 2021, da obra nunca finalizada e interminável "Em algum lugar do mundo" ou semelhantes; não importa mais.
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