NOSSO CASTIGO
Haveremos de purgar as nossas culpas
No calvário cruel de nossas vidas
Lado a lado, carregando nossas cruzes
Com o peso de vontades esquecidas
E nos altares em que formos imolados
Restará o sangue podre do descaso
Que pautou nossos planos fracassados
Se ainda estamos juntos por acaso
E no ato final de nosso drama
Só nos resta chorar nossa desgraça
Como palhaços que já não fazem graça
E, para cobrir de luto nossa farsa,
Já nem sabemos mais como se ama
Se nem lembramos pra que serve nossa cama
24/08/2007