PEREGRINOS ERRANTES
Vagando por planícies de dores,
Contemplo a fria tristeza
Nos campos ausentes da nobre beleza,
Onde impera um vazio opaco e sem amores.
O existir se convertendo em triste lamento
Em meio a multidões de insensatos,
Que transformam a vida em terrenos áridos,
Colocando a inocência num turbilhão de sofrimento.
No horizonte, se observa o crepúsculo lúrido,
Com nuvens negras a bailar a valsa da solidão,
Alimentando, nos corações, melancólica ilusão.
Assim, caminhamos rumo ao destino escuro,
Sem razão de fuga para o império,
Onde reina o desconhecido mistério.