Não me toques
Você foi capaz de destruir minha confiança,
De rasgar meus versos,
De destruir minha crença,
E aniquilar meus sonhos...
Logo eu que brincava de acreditar,
Que me sentia única e sem rival...
Tola! Idiota! Me deixei enganar!
Se bem analisar, quase era eu, a filial!
Todos meus sonhos pisoteados,
Ao chão jogados...
Todos sorrisos murchos, ironizados...
Todo um amor em lábios profanados!
Minhas asas tosadas, borboleta sem vôo...
Minha cor desbotada...
Não me toque mais! Não te perdôo!
Insuportável são os beijos de sua bôca infectada!
E não sei porque não parto ou o deixo ir...
Medonha essa prisão, estamos cativos...
Nunca mais consegui de fato rir...
Nem também engoli seus motivos...
Perdão? Não não mesmo!
Não posso dar o que não recebi de você.
Se quer, pode andar perido, à esmo...
Mas, saiba que a dor volta, e faz sofrer...
E em tal desafortunado ensejo,
Não te amo, não te odeio e muito menos te desejo...