DESPREZO
Eu já fui aquela fonte
Onde vinha matar sua sede
Para a sua alegria o apompe
Na cercania o filão lustriverde
Fui refresco no teu calor
Rebeldia murmurante no frio
Já as noites fui o sereno pivô
E ao espelhar o sol foi rebrilho
Ícone visível de opulência
De um venturoso monumento
Talhe análogo de uma valença
Até a decadência do antetempo
Hoje sou somente um poço
Guardando lembranças efluentes
Perto do que fomos...Hoje tão insosso
Longe do corolário felizes para sempre
Sou eu que desperto em ti o asco
Quando me olhas no algar uliginoso
Que nem de perto sirvo de emplastro
Mas como um mausoléu dos despojos
O qual vituperas sobre o charco
A que se atenha a parca futilidade
Logo perfaz com o teu sorriso ingrato
E o desdém de seus olhos cor de jaspe