ELE SEMPRE ELE...
Maria de Fatima Delfina de Moraes
Ele sempre ele, em seu jeito de dar colo;
Em clamores perdia-se do amor, sem dolo,
Paixão em vendaval, não é amor.
Meu coração sufocou em rios paixão e dor.
Ele sempre ele, quando na cama a paixão ardia
ao amanhecer, sentia a minha alma vazia
ainda que mar de carícias me desse; sem dolo,
viver somente a paixão a mim não foi consolo.
Ele sempre ele, a insistir em antigos momentos...
A paixão não foi amor, fiz as malas e parti,
para não magoar seus sentimentos.
Ele sempre ele, terá o coração partido,
sem saber que lamento, mas paixão não é amor,
se de nossas loucuras não esqueci,
minha alma açodou-se sem medir,
no pesar de nossos fragmentos.
- Inspirada na poesia de José Aprígio Ferreira – O Lorde dos Acrósticos.