CAFÉ DA MANHÃ
Nessa manhã contemplando
A linda e negra bebida
Que disposição trás a mim
Para mais uma dia nessa vida
Examinando o meu âmago
Se estou vivo
Fico me endagando
A cada passo que dou
Em minhas decisões
O resultado sempre são lamentações
E o acúleo nos meus pés
Se aprofunda
Entranhando na carne moribunda
Causando uma dor inssessante
Ainda sigo adiante
A vida passa
E como um barco furado
Me encho de incertezas
E sigo em um lento nalfragio
Mas não posso desistir
Não posso parar
Pois tenho muito o que carregar.
Mente cansada
Corpo fadigado
Pareço um pobre coitado
Que um dia sonhou e se humilhou
Mas que agora amadureceu
E viu
Que nada disso adiantou
Pois de tando navegar
Com o barco furado
Me vejo cansado
E no mesmo lugar.