“VIDA É SER QUE CORRE”.

É vento a vida que corre,

Que constantemente se move,

Tal qual como vai o tempo!

Essa vida é sem parada,

É qual incógnita estrada,

Pode findar-se em momento!

A vida não tem intervalos,

Por vezes segue o embalo,

Que a cerca cada instante!

Seguindo o curso normal,

De forma bem natural!

Vencendo seus agravantes!

Começamos na infância,

Expostos as alternâncias,

Moldados na dependência!

Que traçamos nosso destino,

Nos costumes de meninos,

A absorver toda essência!

Segue-se então a adolescência,

A idade das imprudências,

Que muitos se diz normal!

Norteia-o obstinação cega,

Que a verdade se nega,

De forma conjuntural!

Segue-se com a juventude,

Que aos corações iludem,

Em falso tom de verdadeiro!

Em que se pensa que a vida,

É-nos dada sem medidas,

Nos moldes de aventureiros!

Com o senso de certezas,

Põe-se a nossa frente à mesa!

Com a ilusão de ser jovem!

Passa fazer seus juízos,

Inverte-se de improviso,

E por onde as razões fogem!

Nessa fase nos valemos,

Das coisas que aprendemos,

Quando sem entendimento!

Embrenhados em caminhos,

De camuflados, espinhos,

Que nos causam sofrimento!

E as feridas dessa idade,

Quer sem querer na verdade,

Deixam marcas inapagáveis!

Transfere-se, à fase adulta,

Com verdades, absolutas,

Que deixam de ser miragens!

Ver-se a vida com outra lente,

Entende-se distorcidamente!

Já com a ótica verdadeira!

Assim de forma precavida,

Vão os homens gastando a vida,

De diferentes maneiras!

Assim regando seu destino,

Vão todos quais peregrinos,

Rumo ao porto final!

É ali que tudo se revela,

Onde se colhe as mazelas,

Todas em configuração real!

Então o ser imprudente,

Vai colher infelizmente,

O fruto do que semeou!

E a vida lhes cobra o preço,

Em juros pelos tropeços,

Que tal percurso lhe ofertou!

Será então nessas horas,

Que os olhos marejam e choram,

Refuta o tempo temerário!

Cai-lhe inexprimível pranto,

Ao embotarem-se os encantos,

Que os sonhos a si negaram!

Nessa fase afrouxam-se as mãos,

Já bate compassado o coração,

Por acumularem-se os anos!

Então com o peso da idade,

O que se dizia ser felicidade,

Tornaram-se desgosto insano!

Enfim chega-nos a surpresa,

Que a luz que foi sempre acesa,

Acha-se prestes a se apagar,

Descobre-se a única verdade,

Que tudo nessa vida é vaidade,

E não há motivos pra negar!

Cosme B Araujo.

15/07/2021.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 16/07/2021
Código do texto: T7300552
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.