“ UMA DOCE ILUSÃO”.
Você chegou de repente,
Tocou-me suavemente,
Como a brisa matutina!
Fez o meu corpo gelar,
Foi como a brisa do mar,
Quando a noite termina!
Ainda arrisquei segurar,
Qual respiração no ar,
Perdido na imensidão!
Por coisa irreconhecível,
Mas sua presença incrível,
Balançou meu coração!
Confesso que nessa hora,
Não quis te deixar embora,
Com medo de ti perder!
Seu coração relutou,
E por alguns segundos ficou,
Ensaiando em me querer!
O nosso sangue ferveu,
Não sei se você ou eu,
Sentiu-se mais atordoado!
Só sei que em dado instante,
Fui o ator coadjuvante,
A tal sentimento amarrado!
Ali tudo era tão lindo,
Nos fomos nos consumindo,
Aos Poucos nessa aventura!
Isso levou meu coração,
Viajar na imaginação,
Como intrigante figura!
Já um tanto contristado,
Senti meu ser agitado,
Preso em tal emboscada!
Que o amor às vezes faz,
Pra ver se somos capazes,
De sair das enrascadas!
Então pode entender,
Coisas que o olho não ver,
Mas nosso coração sente!
Por enveredar-se em caminhos,
Subjugado por carinhos,
Perdemo-nos verdadeiramente!
É assim a todo instante,
Com os corações navegantes,
Que caem nas teias do amor!
Conquanto que desapontado,
Mas se encontra saciado,
Com coisas que o marcou!
O que deixa-nos mais sentidos,
É que esse tal ombro amigo,
Vai embora com parte da gente!
É um cão voraz sem piedade,
Dilacera-nos com crueldades,
Embora sejamos inocentes!
Assim abrem-se as cortinas,
E como uma água cristalina,
Faz vermos esse ser real!
Que por tempos escondidos,
Com outro ser confundido,
Mostram as duas faces afinal!
É assim que nosso coração,
Enche-se de desilusão,
Ficando em estado doentio!
Nada mais o reanima,
Assim que um amor se finda,
Mostrando seu lado sóbrio!
Com espirito cabisbaixo,
E o coração em pedaços,
Sentimos amarga dor!
Que toma conta de tudo,
Sem ação ficamos mudos,
Tal qual sonho que passou!
Então surge a dura realidade,
Caem as máscaras na verdade,
Tudo é dor e consternação!
Quando descobrimos em fim,
Que tudo acontecido ali,
Foi apenas uma doce ilusão!
Cosme B Araujo.
28/06/2021.