Memória do abandono

Lá do meu cais chorei a triste despedida...

Quando afastava-se no barquinho de papel

Naquele momento eu vi o quanto era cruel

E fiquei ali... Velando a dor da sua partida.

Na sua bondade em me cuidar acreditando

A louca saudade de te ver me consumindo...

Entre a esperança e a desilusão me dividindo

Com o tempo o meu pesar só aumentando.

Em minha mente uma lembrança inesquecível

No meu corpo o arrepio do pulsar inconsciente

No coração a ânsia do querer inconsequente

Acendendo a chama desse amor indescritível

Fecho os olhos e sinto o calor, o gosto, o cheiro

Do seu corpo, do seu beijo e da sua pele...

Chego a sonhar que o teu olhar não me repele

Enquanto minhas mãos lhe acaricia por inteiro

Mas entre o desejo e a fantasia consumada

A triste memória do seu abandono revigora

Novamente a dor/medo de vê-lo indo embora

Volta a dizer-me para não sonhar acordada.

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 18/06/2021
Reeditado em 22/06/2021
Código do texto: T7281819
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