FLOR DO CAMPO
Chegou de onde?
poucos sabiam...
Sorriso franco e encantador,
olhos verdes e misteriosos,
esguia, elegância natural,
cabelos castanhos esmerados,
lábios carnudos, tentação
O corpo escultural quase de menina,
moça bonita, despertando paixão.
Como frescor das campinas.
Jovens nós a conhecemos,
enternecidos,
inebriados,
encantados,
enlouquecidos,
apaixonados,
perdidos
de tanto tesão.
E a noite, sonhos de amor,
confidencias ao travesseiro,
manchas estranhas nos lençóis.
Versos encantados
cantados em arrebóis,
poemas desconsolados,
amores platônicos, guardados .
Segredos de jovens apaixonados,
vivendo encantados dias
no paraíso, risos e alegrias.
Não imaginávamos sombria
fatalidade na noite ocorria.
Destino cruel e violento,
amanhecer triste e sangrento.
O corpo da musa encantada
jazia, seminua, na margem da estrada.
Foi cruelmente dilacerada,
covardemente estuprada,
por um monstro demente.
O povoado inteiro sofreu,
a encantada flor feneceu...
E, no meu recanto, entristecido,
lágrimas por um amor perdido,
restou-me fazer-lhe uma oração
balbuciando uma reza, quase um gemido,
sentindo o corpo estremecido.
Brisa morna exalava suave perfume:
o do adeus, o último encanto,
o encontro final,
místico, fatal
com a meiga flor do campo.
(Poesia tirada do baú da juventude)
Chegou de onde?
poucos sabiam...
Sorriso franco e encantador,
olhos verdes e misteriosos,
esguia, elegância natural,
cabelos castanhos esmerados,
lábios carnudos, tentação
O corpo escultural quase de menina,
moça bonita, despertando paixão.
Como frescor das campinas.
Jovens nós a conhecemos,
enternecidos,
inebriados,
encantados,
enlouquecidos,
apaixonados,
perdidos
de tanto tesão.
E a noite, sonhos de amor,
confidencias ao travesseiro,
manchas estranhas nos lençóis.
Versos encantados
cantados em arrebóis,
poemas desconsolados,
amores platônicos, guardados .
Segredos de jovens apaixonados,
vivendo encantados dias
no paraíso, risos e alegrias.
Não imaginávamos sombria
fatalidade na noite ocorria.
Destino cruel e violento,
amanhecer triste e sangrento.
O corpo da musa encantada
jazia, seminua, na margem da estrada.
Foi cruelmente dilacerada,
covardemente estuprada,
por um monstro demente.
O povoado inteiro sofreu,
a encantada flor feneceu...
E, no meu recanto, entristecido,
lágrimas por um amor perdido,
restou-me fazer-lhe uma oração
balbuciando uma reza, quase um gemido,
sentindo o corpo estremecido.
Brisa morna exalava suave perfume:
o do adeus, o último encanto,
o encontro final,
místico, fatal
com a meiga flor do campo.
(Poesia tirada do baú da juventude)